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Dia da Consciência Negra: todo lugar é lugar de negro

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Novembro Negro: todo lugar é lugar de negro
Adelino Cerqueira de Souza é professor, presidente do sindicato os trabalhadores rurais e vereador em Mata de São João - Foto: Arquivo pessoal

A desigualdade racial no Brasil é estrutural e, por mais que muitas pessoas ainda neguem, as evidências estão em todo lugar.

Já passou da hora de rever conceitos e posturas sobre este povo que, segundo dados do o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2020, constitui 54% da população brasileira e é responsável pela construção desta nação.

Mesmo assim, ainda de acordo com o Instituto, os negros representam 70% do grupo que está abaixo da linha da pobreza.

Na luta contra números tão alarmantes, muitos cidadãos negros se organizam e promovem movimentos sociais para cobrar políticas públicas que promovam uma condição igualitária direitos.

Daí a importância do Dia da Consciência Negra, para celebrar e homenagear as raízes do povo brasileiro. A luta é diária, mas, este dia em especial, também é dedicado, a lembrar a todos sobre a luta de combate ao racismo.

Cor da pele não determina capacidade e negros podem e devem ocupar todos os espaços que forem do seu interesse.

Em nosso município temos representantes negros em diversas instâncias, dentre eles, o vereador Adelino Cerqueira de Souza.

Natural da zona rural de Mata de São João, Adelino é professor de matemática, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e foi eleito vereador em 2020 após duas tentativas em 2008 e em 2012.

Orgulhoso, defende basicamente três bandeiras: educação pública, inclusiva e de qualidade para todos; investimento na agricultura familiar e, claro, a questão racial.

Adelino pontua que os indicadores sociais de homicídios, detentos e de salários comprovam a desigualdade com a qual os negros são submetidos.

Sobre o 20 de Novembro, ele declara: “O Dia da Consciência Negra é um dia para esclarecer, formar e conscientizar as pessoas da necessidade de combater o racismo a todo custo. Eu enquanto negro, professor e vereador luto por um projeto de sociedade que supere esse tratamento desleal que existe entre nós”.

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