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Após ser cobrado, Aras cria órgão de defesa à democracia

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Foto: Pedro França/Agência Senado

Após ser pressionado e criticado por não ter aberto investigações nos últimos anos contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os atos golpistas de bolsonaristas, o procurador-geral da República, Augusto Aras, resolveu criar a Comissão Temporária para Defesa da Democracia. A resolução foi publicada apenas na terça-feira (10), dois dias após os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O grupo será formado por 116 procuradores e terá duração mínima de um ano. Aras também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de um inquérito para investigar uma suposta omissão do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres nas manifestações que resultaram no ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Aras é alvo de críticas desde que assumiu o comando da PGR, por supostamente aliviar nos pedidos de investigação do ex-presidente. Até então, ele tinha resistido, mas o episódio do último domingo (8) aumentou as pressões. As decisões do procurador acontecem em resposta às duras cobranças que tem recebido de membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e dos ministros do STF, que, em conversas reservadas, estão classificando a conduta do procurador como inação. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Na última segunda (9), durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e governadores, ele fez um pronunciamento, negando que tenha havido omissão de sua parte e prometendo responsabilizar os vândalos. “Durante eventos de 2021 e 2022 não tivemos nenhum ato de violência capaz de atentar contra democracia como visto ontem [domingo]”, declarou o procurador durante a reunião.

Metro1

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