Meio ambiente

Comitê define ações de combate à coléra após interdição de lago contaminado em Feira de Santana

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(Foto: Thiago Paixão/Prefeitura de Feira de Santana)

O Comitê de Enfrentamento e Ações de Combate à Cólera realizou uma reunião de trabalho na manhã desta sexta-feira (24) para articular as ações de rastreamento e controle da doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, causada pela bactéria Vibrio cholerae, que tem seu surgimento ligado diretamente ao saneamento básico e à higiene. A decisão foi tomada em razão da contaminação da Lagoa do Geladinho, situada no Parque Radialista Erivaldo Cerqueira, em Feira de Santana.

Na última sexta-feira (17), a lagoa foi interditada por meio de decreto do prefeito Colbert Martins Filho, publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município. A ação foi feita após o resultado que confirmou a presença da bactéria ter sido liberado na quinta-feira (16), pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), que analisou duas amostras de água da lagoa encaminhadas no último dia 11, diante da ocorrência da morte de peixes da espécie Akari (Cascudo).

Em reunião feita na manhã desta sexta-feira (24), a Secretaria Municipal de Saúde de Feira (SMS) designou unidades de referência para o atendimento de casos de doenças diarreicas e suspeitos da cólera. São as sete policlínicas municipais, as duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e mais seis Unidades de Saúde da Família (USFs) vinculadas ao programa Saúde na Hora. Esta última funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h.

Para oferecer o atendimento adequado, todos os profissionais da rede municipal de saúde serão capacitados para realizar todo o processo de triagem e investigação da Cólera.

O Centro Municipal de Controle de Zoonoses (CCZ) realizará a investigação e rastreamento de animais que se alimentam e bebem a água da Lagoa do Geladinho. A estratégia tem o objetivo de evitar a transmissão de doenças zoonóticas causadas por vírus, bactérias, parasitas e fungos aos seres humanos.

Equipes da SMS, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e da Universidade Estadual de Feira de Santana, com auxílio de pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, estarão encarregadas de intensificar as coletas de amostras em pontos estratégicos.

Na quinta-feira (23), a SMS enviou novas amostras de água coletadas nas proximidades do rio Jacuípe e nos riachos da Lagoa do Geladinho e do Cipriano Barbosa, localizados no Feira IV, para serem analisadas e aguardam o resultado do Lacen.

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