Coordenadora atribui aumento da violência contra mulher ao desmonte de políticas no governo Bolsonaro

Em entrevista a Mário Kértesz, no Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metropole, a coordenadora regional da Rede de Observatório da Segurança, Larissa Neves, atribuiu o aumento da violência contra as mulheres no Brasil ao desmonte de políticas públicas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No último boletim da Rede Observatórios da Segurança, divulgado nesta segunda-feira (6), foi revelado que uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas nos sete estados monitorados pela rede (Bahia; Ceará; Maranhão; Pernambuco; Piauí; São Paulo; Rio de Janeiro).

Foram registrados, no levantamento, 2.423 casos de violência contra a mulher, dos quais 495 terminaram em feminicídio. Com 316 casos, a Bahia teve, em 2022, a maior taxa de crescimento nos números desse tipo de crime.

“Durante o governo Bolsonaro, a gente encontrou um desmonte da rede de acolhimento, cuidado e proteção às mulheres. A gente também encontrou, durante esse periodo, um amento desses casos [de violência contra a mulher]. Muitos fatores podem estar atrelados: o acesso facilitado às armas; a violência política, que foi um dado muito expressivo no ano passado durante as eleições e pré-eleições […]; e a crise econômica”, avaliou Larissa.

A coordenadora regional da rede observou, no entanto, que as gestões estaduais e municipais, assim como a população em geral, têm parte da responsabilidade. “Acredito que tem um fator muito peculiar nesse aumento que é a falta de medidas de prevenção que funcionem de maneira efeitva. [A violência contra a mulher] é um problema social que requer um compromisso da sociedade como um todo, especialmente da gestão pública, que vem tolerando, ano após ano, o aumento desses números”.

Fonte: Metro 1