Brasil

“Incomoda é pobre não passando fome”, diz cozinheira que doou acarajés servidos a Wagner Moura no MTST

0

A cozinheira Beatriz de Souza Alves, dona do restaurante que doou 150 kits de acarajé para o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em São Paulo, diz que foi “pega de surpresa” com a polêmica causada pela foto do ator e diretor Wagner Moura saboreando seus quitutes.

Na noite de quinta-feira (11), o diretor do filme “Marighella” exibiu a produção aos trabalhadores que fazem parte do movimento. Ele foi fotografado comendo um dos kits com vatapá, caruru, camarão e salada — ingredientes usados para o preparo do acarajé tradicional, frito no óleo de dendê.

A foto foi criticada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente da República, que insinuou nas redes sociais que Wagner Moura fazia parte de um “MTST nutela”, por comer camarão numa ocupação.

“Agora tem o MTST raiz e o MTST nutela. Ou será que já é o comunismo purinho, onde a elite do partido come camarão e o restante se vira e passa fome igual à exemplar Venezuela?”, afirmou o parlamentar.

“Nunca imaginei que o filho do presidente da República não conhecesse o prato mais popular dos pobres e pretos da Bahia. Em Salvador, o acarajé é vendido em qualquer esquina, como o cachorro quente e o pastel de feira em São Paulo”, declarou a cozinheira de 31 anos ao portal G1.

“É triste um deputado federal não conhecer a culinária do próprio país. Além do desconhecimento, é um enorme preconceito social, porque acha que pobre nesse país não pode comer bem. Não pode experimentar um prato tipicamente brasileiro e tem que comer apenas arroz e feijão?”, acrescentou a cozinheira.

 

FONTE: Metro1

Comentários

Escreva um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Mais de Brasil