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Gestão cultural em tempos de crise

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Odair Campos - Presidente da ASACOM

Promover o pleno exercício dos direitos culturais e o reconhecimento do lugar político da gestão cultural no Brasil, na Bahia e em Mata de São João em defesa da democracia, do bem viver e do bem comum.

A pandemia não acabou e recrudesce em todas as regiões do país. O Brasil hoje é o epicentro de uma tragédia social e sanitária sem precedentes na nossa história, onde, a Bahia começa a entrar em colapso e as famílias estão sem o auxílio emergencial que inviabiliza a realização de um isolamento social efetivo, afetando a Clase artística e a todos que fazem parte principalmente do setor de serviços.

Neste contexto, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura estão dialogando desde janeiro com a Secretaria Especial de Cultura, na expectativa da publicação do Decreto de Regulamentação Federal da MP 1.019/2020, que ampliará os prazos de execução dos projetos premiados em 2020

A articulação também tem sido intensa no Congresso Nacional para apresentação de Emendas à MP, que garantam a permanência nos Estados e Municípios dos recursos da LAB ( Lei Aldir Blanc) não empenhados em 2020 – por falta de tempo hábil ou por falta de gestão estratégica no desenvolvimento das ações e implementações para que haja condições de ser executadas em 2021.

Os fazedores e fazedoras de cultura também precisam de mais tempo para a execução de seus projetos já aprovados, muitos deles inviabilizados pelo contexto dramático que estamos vivendo outros por falta de uma análise técnica que entenda que a lei é de fato um auxílio ao setor cultural e que todo seu processo deve ser desenvolvido da maneira mas simples possível para que a comunidade cultural tenha acesso ao recurso.

Fazer cultura em tempos normais é uma dificuldade imagine em tempos de crise Sanitária…

Só quem bebe dessa água sabe suas dificuldades e a falta de ações estruturantes para manter acesa a chama de fazer a associação dos Artistas Contemporâneos Matenses ( Asacom) ativa, só Odair Campos nosso poeta e dramaturgo, que já realizou durante 20 anos o encontro dos artistas e desde de 2017 não realiza suas atividades, sabe das sua frustrações de não estar no palco fazendo o que gosta, dando ocupação a milhares de jovens que por suas mãos tiveram a oportunidade de subir ao palco pela primeira vez.

Assim como o grupo de dança AGANJU do nosso litoral fundado em novembro 1999 com 21 anos de tradição, que tem como líder Andiara Araujo Nascimento, que retrata sua ancestralidade, danças, costumes e rituais das religiões de Matriz africana, passando por grandes dificuldades e não tendo acesso ao recurso da Lei Aldir Blanc, assim como tantos outros artistas e grupos que viram suas experiências e ações parar a quase um ano, como os terreiros de candomblé e tantas outras manifestações culturais e populares da nossa cidade.

O Tempo está correndo e a pandemia continua!

Precisamos de MAIS TEMPO PARA CULTURA

1 Comentário

  1. Execelente👏🏻
    Parabéns pela matéria !!!

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